Nos dias de hoje, é praticamente impossível que uma pessoa não saiba quem é o Superman. Com sua capa vermelha e seu uniforme azul (que foi carinhosamente apelidado de pijama por alguns fãs), o herói se tornou um marco na história dos quadrinhos e da indústria de entretenimento em geral.
Criado nos anos 30 por Jerry Siegel e Joe Shuster, o Superman é considerado um verdadeiro símbolo de esperança e heroísmo, mas ele nem sempre foi assim.
Antes da capa vermelha e da icônica “mecha teimosa de cabelo” em sua testa, o Superman foi um belíssimo vilão. Para quem não sabe, a ideia inicial de Siegel e Shuster para o Superman é que ele fosse um vilão, na verdade, eles chegaram a executar essa ideia, mas ela acabou não dando muito certo.
Em 1933, a dupla lançou o conto ilustrado chamado “O Reino do Superman”, que consistia na história de um indigente chamado Bill Dunn, que após ganhar poderes através de um experimento científico, passa a almejar a dominação mundial. Além do alter-ego civil e da personalidade totalmente divergentes do Superman que conhecemos, o vilão também possuía uma aparência que se parecia muito mais com a de Lex Luthor do que com a do Superman.
Segundo Siegel, o objetivo da história era inverter o arquétipo de um super-homem, mostrando que um homem poderoso tende a se voltar para a vilania. Embora a ideia do autor tenha um fundamento plausível, ela acabou sendo um verdadeiro fracasso de vendas, o que fez com que Siegel e Shuster reformulassem o personagem para o que hoje conhecemos como Superman.
Demorou cinco anos entre o lançamento da primeira versão do Superman e a versão da revista Action Comics, que viria a ser conhecida como a versão definitiva do herói, mas em 1938, finalmente tivemos a primeira aparição do Superman.
De lá pra cá, o escoteiro alcançou vôos cada vez mais altos, enfrentou inimigos perigosíssimos, morreu, ressuscitou e teve a chance de ser o primeiro super-herói a ganhar vida nos cinemas, através do incrível trabalho de Richard Donner. Ao longo dos anos, o Superman inspirou milhões de pessoas e se tornou o super-herói modelo, servindo de base para diversos outros personagens dos quadrinhos que viriam a ser criados posteriormente.
Em 2018, o icônico herói completou 80 anos de existência, o que nos faz refletir sobre o quanto ele é importante para a Cultura POP. Hoje em dia, podemos dizer que o Superman representa o homem perfeito, que mesmo sendo capaz de mover placas tectônicas com suas mãos, ainda se preocupa com o bem-estar de seres tão frágeis como os humanos. Obviamente, essa essência heroica e o senso moral do Superman não seriam possíveis sem a criação dada pelos fazendeiros Jonathan e Martha Kent, que acolheram o alienígena refugiado quando ele ainda era um bebê.
Curiosamente, em 2013, tivemos o lançamento do jogo Injustice, onde pudemos ver uma nova faceta do amado herói, que sucumbiu ao poder da vilania e se tornou um imperador tirano. Lançado 80 anos depois da primeira versão do personagem criado por Jerry Siegel e Joe Shuster, o Superman de Injustice também não se parece com o personagem original, mas ainda assim, compartilha do lado vilanesco de seu antepassado, mas ela serve para nos mostrar o quão ruim pode ser um Superman sem sua aura positiva.
Felizmente, a versão definitiva do herói é a que mais amamos, seja ela usando uma cueca vermelha por cima da calça ou não. Como mostrado na recente animação “A Morte do Superman” (e na história original de mesmo nome), não existe limite para o heroísmo, além de reforçarem o conceito de que o Superman é amado e querido por todos não pelo que ele faz, mas sim pelo que ele é, um ser superpoderoso que possui a simplicidade e os valores de um homem criado no campo.
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